quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Brasil, asilo de terroristas e bandidos

No país da impunidade, da ascensão dos números da criminalidade, dos assassinatos, das milícias cariocas que mandam e desmandam em comércios e controlam a vida das pessoas, mais uma vez, demonstramos que o Brasil, é sim, asilo para bandidões.

Cesare Battisti, criminoso internacional que conseguiu asilo político junto ao Governo brasileiro fez até greve de fome para protestar com o que estão fazendo com ele. Chega a dar pena, não? Me lembra até o caso Garotinho. Condenado em todas as instâncias pelo Governo italiano, acusado de ter cometido 4 (quatro) assassinatos na década de 70, Battisti teria que cumprir prisão perpétua caso retornasse ao seu país de origem.

Apesar da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) votando em sua maioria pela sua extradição, a decisão final que dirá se ele irá ficar ou não, cabe ao presidente Lula. Judicialmente, o Supremo decidiu que Battisti deve cumprir a pena ao qual foi incumbido e pagar pelos seus erros, para mim, não há nada mais democrático do que isso.

Battisti tem recebido aqui, tratamento de rei com todas as regalias que um preso pop-star possa querer. Também recebeu manifestações de apoio do povo brasileiro, que no dia do julgamento no STF, levavam cartazes a exemplo desses dizeres: “STF, extraditar Battisti é um ato de inquisição moderna”.

Inquisição moderna, não seria deixar solta uma pessoa que tirou a vida de outras e anda peregrinando por outros países em busca de proteção? Isso não seria a própria personificação da inquisição? A justiça existe para isso: proteger pessoas inocentes, também os opositores de Governos opressores, mas abrigar homicidas contumazes dissimulados é demais até para nós.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Enredos clichês que estragam bons filmes

O meu artigo de hoje, não é sobre o fim do mundo, tampouco é uma resenha do filme 2012 do diretor Roland Emmerich. Mas, é óbvio, que vou precisar de um exemplo para expor o que eu quero falar sobre os enredos clichês que costumam estragar bons filmes.

Em 2012, há toda aquela estória do pai divorciado – ainda apaixonado pela mãe de seus filhos –, que busca as crianças para acampar ou fazer qualquer outra coisa tentando compensar a ausência. Um deles, é claro, é revoltado pela falta do pai, e o outro é ingênuo demais para ter sentimentos de repulsa. Depois da várias ações heróicas para salvar os filhos, o menino relutante em chamar Jackson Curtis (John Cusack) de pai, chora para vê-lo vivo e ficar com ele.

Por outro lado, Gordon (Thomas McCarthy), o atual marido da mãe, um cara bem sucedido, bondoso com as crianças, morre no final, mas não sem antes os personagens das crianças declararem que ele é um cara muito legal, justificativa que o roteirista não acatou e o matou mesmo assim.

Sejamos francos: é ou não é um final sacana para quem em que sua parca compreensão de como pilotar um avião monomotor, consegue controlar um bimotor e depois ser co-piloto de um Boeing russo, e acaba sendo o verdadeiro salvador da pátria, perdendo os créditos para Curtis que resgata o amor de sua ex-esposa?

Logo 5 (cinco) minutos após seu atual marido ser triturado nas engrenagens do portão da arca, os dois pombinhos já estão se beijando (e o mundo continua acabando).

Se em 5 (cinco) minutos Gordon (o finado marido e verdadeiro salvador da pátria) já havia perdido o pouco amor da mulher, em 10 (dez) a família já estava completamente reestruturada. Agora, se nós esquecêssemos toda essa conversa fiada e perguntássemos: - Mas quem diabos teria coragem de ficar de romance barato no meio do fim do mundo? Oras! Jackson Curtis.

Mas 2012 não é o único filme que tem um enredo piegas contrastando com a supremacia máxima da computação gráfica traduzida nos efeitos especiais. Muitos filmes de sucesso garantido – e não depreciados pelo enredo – já passaram por isso. Creio eu, que um roteiro um pouco mais realista, no que já é completamente desproporcional à realidade, cairia bem melhor.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Qual será o estopim para a reação?

Não há mais o que argumentar: estamos em guerra! O assunto é antigo, mas ele se renova e é posto em pauta cada vez que um capítulo novo na história do Rio de Janeiro ganha mais um parágrafo. Os políticos são coniventes, a polícia é conivente, o cidadão já desistiu, e os tentáculos do tráfico de drogas e do material bélico pesado se alastram pelo Rio de Janeiro com velocidade surpreendente. Agora, eles derrubam helicópteros. Antes eles "apenas" matavam policiais militares com uma naturalidade de quem está dizendo: - Bom dia. Amanhã, estarão formando comboios para atacar o centro da cidade, e logo mais estarão alojados no Brasil inteiro.

Enquanto estamos felizes e no oba-oba de Copa do Mundo e Olimpíadas, o planejamento é para a contenção dos bandidos somente nesses eventos – assim como aconteceu no Pan-americano 2007 –, afinal de contas, seremos visitados por vários estrangeiros e não queremos que eles tenham uma má impressão do nosso país, e nem que enxerguem claramente a nossa inoperância, certo? O que impressiona, é que não há uma investigação mais profunda para saber de onde os traficantes do Rio tiram armas de guerra, como conseguiram um arsenal que coloca em dúvida a coragem da Polícia Militar do Rio de Janeiro? Infelizmente, parece que nada pode ser feito.

A intervenção – caso ocorresse –, teria que ser improvisada, mirando a morte de poucos traficantes, e evitando não fazer o mesmo com os demais moradores da favela que nada tem a ver com o tráfico, senão, ter que concordar com aquela situação em troca do passe livre e da vida. Não sabemos o que pode ser feito, é preciso muito estudo, dedicação, planejamento e por fim a ação, para dar fim a esse problema social que atinge uma das cidades mais lindas do Brasil. Mas ainda não se sabe o que os políticos estão esperando para agir. A queda de um helicóptero, mortes de oficiais da Polícia Militar, o arsenal de grossos calibres e em grandes escala, a produção e venda massiva de cocaína, as mortes de centenas de pessoas de bem que morrem em meio ao tiroteio da Polícia contra o tráfico, enfim, fica a pergunta: - Qual será o grande estopim que criará uma reação e finalmente dará um fim aos traficantes no Rio? Por enquanto a resposta é uma incógnita. Mas a população pode respirar aliviada, afinal de contas, dentro de quatro anos teremos Copa do Mundo, e ficaremos alguns meses sob a densa proteção da polícia.

Depois disso, em 2016, a mesma coisa. Podemos relaxar enquanto os outros países estiverem visitando o Brasil. Só assim para haver o policiamento adequado e para preocupar os políticos deixando-os antenados. Respeito com o brasileiro não existe nenhum. Enquanto as pessoas morrem aqui, o único plano que há, é proteger os eventuais estrangeiros que irão aparecer no Brasil para apreciar o esporte. Ê dilema!

terça-feira, 17 de novembro de 2009

A nova geração da ditadura


Ao fuçar na internet, principalmente em alguns fóruns de discussões políticas, e até mesmo no famoso orkut em comunidades seja lá de qual cunho for, é impressionante o número de pessoas que estão desacreditadas com a democracia e pedem a volta da ditadura. A maioria dessas pessoas são jovens entre 17 e 25 anos. Os argumentos variam: os mais desinformados acreditam que um sistema organizacional direcionado à manutenção da compostura dos cidadãos daria jeito na corruptela que se alastra pelo país. Os mais informados no assunto – que não viveram a ditadura, mas dão impressão de terem lido bastante sobre – alegam que, a democracia no Brasil é um feto natimorto, e que nunca teve eficácia. Já os que sempre se posicionaram contra, avaliam que, as efemérides da época eram recheadas de conteúdo pró-ditadura, e que hoje as coisas não são tão diferentes, o que mudou apenas, é o contexto.

Léo Lince, sociólogo e mestre em ciência política pelo IUPERJ avalia:
“ - A linha editorial dos jornalões trabalha, todo santo dia e com a competência de sempre, a rearticulação do pensamento autoritário e a defesa dos interesses conservadores. Se o governo despeja bilhões para o capitalista encalacrado na roleta do cassino financeiro, não dá outra: será elogiado pelo bom uso da racionalidade econômica. Se a Justiça do Trabalho, pressionada pela mobilização sindical, susta demissões imotivadas, como foi o caso da Embraer, isso não pode, é “delírio ideológico”. Ah, sempre lembrando que Lince, é uma das vozes do comunismo no Rio de Janeiro. Agora, se as coisas parecem tão extremas, de um ponto para o outro, como achar uma solução eficaz, capaz de dissuadir pensamentos tão arcaicos?

Ouvi dizer certa vez que a tendência do homem é a progressão mental e física, e hoje, o que somos? Novamente, australopithecus.
Não vou me admirar em nenhum momento, caso veja alguém na rua arrastando sua esposa pelos cabelos. Eu? Eu sou a favor da democracia. Apesar da necessidade de aperfeiçoamento, a democracia é o único regime de governo capaz de progredir, diferente do que têm aparentado nós, seres humanos. A democracia está ligada com a nossa capacidade de evoluir, quando isso acontecer, sem precisar de extremismo algum, as coisas vão se endireitar.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Boas conseqüências do verbo "destruir"


Quem foi que disse que a palavra; o verbo destruir há de ter sempre uma conotação ruim? Se você perguntar para um berlinense, hoje, obviamente ele ficaria espantado com essa concepção. A queda do Muro de Berlim, que separou Berlim, a Alemanha, e o mundo durante longos 28 anos, é um exemplo claro e ainda vivo, de que nem todo toque humano para “destruir”, é errado.

Se o comunismo utópico e distorcido teimava em imperar do lado Oriental, sob os domínios ideológicos e bélicos da União Soviética, no lado Ocidental, lutava-se bravamente para manter-se os bons resultados obtidos na vitória dos aliados na 2ª Guerra Mundial, a liberdade, trazida na própria figura do capitalismo.

Cento e Oito Mil quilômetros separavam a Alemanha Oriental da Alemanha Ocidental. Por quê? Simples. Era óbvio, que os alemães já não agüentavam o totalitarismo, e ditames de outrem – nem mesmo do Governo, ou do exército –, para seguirem suas vidas. A migração em massa era um fato que deveria ser controlado pelo lado Oriental, então, surgiu a idéia maravilhosa do muro. Mesmo assim, 3 milhões de pessoas conseguiram cruzar a fronteira para fugir do regime comunista. Sorte de quem conseguiu.

A revista Veja, em sua edição 2138, de 11 de Novembro de 2009, traz à tona mitos e verdades sobre a Alemanha Oriental, na página 133:

Um dos exemplos mais pujantes, era o mito que dizia que, no lado Oriental, havia emprego para todos. Segundo o Jornalista Alemão, Armin Fuhrer, o estado que dominava todo o sistema de produção, contratava dois ou mais trabalhadores para fazer a tarefa de um – o que acabou por levar o país à ruína. Com base no nível de ociosidade da mão de obra, estima-se em 16% o desemprego real na Alemanha Oriental.

Quando Hitler morreu em 30 de abril de 1945, deveria ter sido enterrado junto com ele, todo e qualquer tipo de ideal totalitarista, autoritário, que pudesse afetar o mundo novamente, e estremecer de novo o que é certo; a liberdade de expressão.

Por isso é necessário que todos esses “Muros de Berlim” que incitam mascaradamente o bem comum, sejam de imediato, destruídos, destroçados, aniquilados, derrubados, esmigalhados, enfim. Jamais na história do Mundo, a segregação trouxe algo de bom para a humanidade, as pessoas só têm boas lembranças dos grandes aglutinadores. E novamente, viva a democracia!