segunda-feira, 19 de julho de 2010

Cabeça de gordo

Acho que eu nunca escrevi sobre esse tema. Não sei se inconscientemente discrimino a situação, ou se eu quis deixar pra trás essa fase da minha vida, digamos assim: nada feliz.

Em 2004, com quinze anos e estrondosos 127 quilos (é isso mesmo), tive que optar pela cirurgia bariátrica para salvar a minha pátria, e talvez a sanidade dos meus pais.

Crianças com tendências à obesidade vivem numa maratona medicinal que inclui: médicos (endocrinologistas principalmente), psicológicos, nutricionistas e demais profissionais do ramo. Não é o meu caso, mas há quem tente também evocar as forças do “além”, mas é claro, não deve dar muito certo.

Voltando ao ano de 2004: numa incursão um tanto quanto arriscada para uma “criança”, decidi firmemente fazer a cirurgia, e desde então, minha vida mudou muito, e pra melhor. Opa, melhor?

Chegamos à parte sensível deste tema: um pré-adolescente de quinze anos, com certeza ainda não passou por ¼ das experiências que a vida proporciona, tanto para o bem, quanto para o mal, por isso é imprescindível o acompanhamento psicológico (isso mesmo, de novo).

O grande problema para a maioria dos obesos, ou das pessoas acima do peso – e ascendendo –, é a tal da ansiedade em demasia. E essa ansiedade é tão prejudicial e perigosa quanto o próprio procedimento cirúrgico em si.

O estomago reduzido pela metade, ou às vezes, muito menos do que isso, não agüenta receber grandes quantidades de alimento, mas a cabeça, não lhe deixa exercer o papel de fiscalizador de suas próprias atitudes; daí o risco.

Não existem remédios, milagres ou intercessão religiosa quando não temos a capacidade de nos controlar. Por isso, Cid Penteado Jr. é meu ídolo pessoal quando o assunto é cirurgia de redução de estomago.

Cid Penteado Jr. foi minha grande inspiração: chegou a pesar 300kg, fez a cirurgia, passou por uma reestruturação na sua vida, e hoje mantém o portal http://exgordo.com.br, que foi para mim - e para tanto outros -, a enciclopédia de informações em 2004, quando fiz a opção.

“Ex gordo”, não sei se foi Cid que inventou o termo, mas ele é extremamente oportuno quando se fala de pessoas que já foram obesas e hoje, atingiram o seu peso ideal.

No seu portal, Cid tem uma explicação própria para isso, e bate diretamente com a idealização que faço sobre o mesmo tema. Não somos magros, magrinhos, buchudos, nem magérrimos. Somos Ex Gordos, o estomago é reduzido, mas a cabeça continua a mesma, os cuidados e precauções devem nos deixar antenados 24h.

“A cabeça do gordo” é e será eternamente indisciplinada. Não há métodos de controle sobre isso, e nem sequer remédios tarjados com o mais negro invólucro.

Fiz a cirurgia de redução de estomago, voltei a engordar - não tudo, é claro -, e faço um alerta a todos que acham que a vida é resolvida com golpes de bisturi e pílulas farináceas: controlem-se.

Essa postagem é em homenagem a Cid Penteado Jr., brasileiro, determinado, e que chegou aonde queria chegar: http://exgordo.com.br


terça-feira, 13 de julho de 2010

Em cima do muro

Eu sou apolítico” – essa é uma frase que costumo ouvir bastante por aí, principalmente hoje em dia, tempos em que o jovem, utilizando o advento da internet e o inconformismo causado pela puberdade, dá vazão a uma raiva inexistente e esboça o clima de “odeio a tudo e a todos”, em pleno século XXI.

Em minha opinião, essa frase nada mais expressa do que uma metáfora coloquial que deixa claro que essas pessoas não têm opinião. Existem também aquelas que têm, mas não sabem expressá-las, ou não têm coragem de defendê-las, muitas vezes, por puro comodismo.

Na política, não são raros os comentários e os posicionamentos difamatórios em relação aos políticos, eu concordo com as críticas, mas tudo tem um jeito de ser feito, ponderando opiniões, argumentando e dialogando. Eu inclusive, por diversas vezes, critiquei – claro, sem generalizar – os políticos de carreira que nada fizeram, nada fazem, e nada farão, a não ser é claro, que essa atitude ajude a engordar seus próprios bolsos.

É fato, é real, é incontestável. Mas e aí, caro leitor: ao invés de buscar soluções, pesquisar uma forma efetiva de como mudar este quadro – que pelo que me consta, ainda não é irreversível – a maioria dos apolíticos (em cima do muro) se escondem atrás de ofensivas e depredações de prédios públicos como Assembléias Legislativas, Palácios do Governo, Câmaras de Vereadores, enfim.

Esse tipo de protesto anárquico tem como principal motivação a demonstração do lado bestial do ser humano, que o faz esconder o seu lado intelectual, pensante; o único determinante para que as mudanças aconteçam.

Pela primeira vez, aos 21 (vinte e um) anos, estou escolhendo um candidato para apoiar, principalmente porque tive chance de conviver com ele durante 1 (um) ano inteiro, ponderando qualidades e defeitos. Everaldo Alves Fogaça, ou simplesmente Fogaça como é conhecido no meio da imprensa, é jornalista, empresário e bacharel em Direito, formado em Rondônia. Algumas pessoas podem desdenhar: - Grandes coisas! Claro, é normal do ser humano fazer isso. Antes as críticas, depois as apresentações.

Mas o desdém só viria das pessoas que claro, não conhecem as suas raízes, e o quanto foi preciso lutar e abdicar da vida para chegar aonde chegou. Na infância, Everaldo não tinha outra diversão, se não, o próprio trabalho.

A inquietação causada pela vida monótona e humilde em Ministro Andreazza – até então, ainda distrito da cidade de Cacoal – fez com que saísse cedo das asas dos pais e fosse se aventurar no mundo, se dedicando exclusivamente ao trabalho. Quem o conhece, sabe que ao acordar pela manhã, e até pouco antes de dormir, a preocupação em trabalhar cada vez mais, o motiva a lutar pela causa justa das pessoas menos afortunadas do Estado.

E, foi através da imprensa, pelo jornal O OBSERVADOR que Everaldo Fogaça deu os primeiros passos para tornar o Estado de Rondônia um lugar melhor, fiscalizando, denunciando e elogiando quando lhes cabiam elogios, os políticos e funcionários públicos que fizeram e fazem parte da Administração Pública de Rondônia.

Entretanto, a minha experiência pessoal me permite fazer um adendo em relação a algo que considero de suma importância: a oportunidade. Provavelmente Everaldo Fogaça nunca tenha encontrado uma porta escancarada em sua frente, e suas chances para crescer na vida dependeram unicamente do seu esforço integral, da sua força de vontade e capacidade.

Por causa dessa dificuldade que encontrou no mundo, Everaldo Fogaça desde que o conheço, recebe seja quem for de braços abertos: para ouvir, para entender, incentivar e alguns casos, até dar chances.

Esse foi o meu caso. Uma mão na frente, e outra atrás. Fogaça me recebeu assim pela primeira vez em seu escritório, na época em que eu procurava desesperadamente um emprego, uma chance, uma oportunidade única de dar seguimento ao amor que tenho por escrever. Baseado apenas em meu blog na internet, recebi de Fogaça o seu aval para começar a trabalhar no mesmo dia, e cá estou eu, um ano depois, trabalhando no que considero um grande veículo de comunicação de utilidade pública, o jornal eletrônico O OBSERVADOR.

Somando a vontade de trabalhar provada pela sua história de vida e as oportunidades que Fogaça faz questão de conceder – desta vez, comprovada pela minha história de vida –, deixo claro que nessas eleições eu não estou em cima do muro: meu voto é pelo meu amigo Everaldo Fogaça Nº 65 789.

Blog Oficial da Campanha: http://www.blogdofogaca.com.br

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Da lambança ao chiqueiro

O homem ainda é um atrativo para humanidade, mesmo que, no íntimo de cada um de nós, já se possa antever as atitudes da maioria deles em relação à “N” assuntos. Movido basicamente à libido e instintos naturais, o gênero masculino continua dando ênfase a essa previsibilidade, e cometendo ainda, os maiores absurdos da história de humanidade, mesmo com históricos que não representam bons índices de sucessos.

Mulheres. Ah... as mulheres. Por que tantos homens caem nas graças delas, fazem o que querem, lambuzam-se, servem-se, obtém o máximo de prazer, e acham que a contrapartida não existe?

O caso do goleiro Bruno é só mais um caso, entre milhares no Brasil e no mundo. A prepotência, arrogância e os instintos primitivos do homo-sapiens, fazem com que os homens esqueçam da sua função social, das leis que existem no país, e principalmente, que as mulheres hoje, já não mais dependem deles.

Eliza Samúdio, usada à vontade pelo arqueiro flamenguista, deu o troco, engravidando e criando um vínculo que perdura para a vida inteira. Ela, não mais seria “mais um caso” de Bruno, seria enfim, a mãe de um de seus filhos. Quer queira, quer não: deveria ter o mínimo de respeito.

Se foi amor, paixão e necessidade, ou mera capacidade de aproveitamento por parte de Eliza, não se sabe. Sabe-se que o enredo real trata-se de uma história de traição, de envolvimento, e agora provavelmente, de morte.



Na comprovação da culpa de Bruno, haveria uma explicação: a palavra pensão para um homem despreparado e afim apenas de um festejo momentâneo, seria como citar Adolf Hitler aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Estragar um relacionamento estável, uma carreira promissora e uma imagem de respeitabilidade perante a sociedade causou em Bruno o furor; a necessidade de evitar que esses pensamentos desagradáveis se tornassem realidade.

Não é o primeiro, e nem será o último caso em que um homem tentando conter danos, acaba fazendo dez vezes pior. Principalmente porque é nessa hora que as coisas tendem a ruir. Quando ele dispensa ajuda de qualquer pessoa, ficando à mercê de uma responsabilidade enorme, cujo conhecimento prévio deveria ser administrado de forma eficaz, evitando assim, a tragédia que provavelmente será anunciada nas próximas semanas.

Se ele matou ou não, não sabemos. O que sabemos é que o cerco está fechando, e o caso ainda será resolvido provavelmente logo.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Linhas sutis que nos definem

Inúmeras foram às vezes que declarei neste espaço a minha aversão à auto-ajuda. Vou me contradizer hoje, e tentar esboçar algumas coisas referentes ao humor, que é o que dá vazão a centenas de pensamentos desagradáveis, ou soberbos, oportunos e inoportunos, que podem influenciar das mais diversas formas em nossas vidas.

Descarto a pecha de pseudo-psicólogo, uma vez que não tenho a pretensão de analisar ninguém, muito menos tentar apontar um caminho para as pessoas que ainda não encontraram nenhum.

A verdade é que, mais cedo ou mais tarde, as pessoas que possuem autocrítica e sensibilidade, conhecimento e compreensão, irão se questionar em algum momento da vida: - Que diabos eu faço agora?

As opções parecem diversas, o curto tempo de escolha, e a pressão aumentam a cada minuto, fazendo com que planejamentos, objetivos, sonhos e divagações se resumam a uma perspectiva torpe de fracasso.

Lampejos de uma vida boa tomam sua cabeça, dando a impressão de uma realidade cada vez mais distante, e dando espaço ao que você definirá como mundo real, mas que, na verdade, não passa de reflexo de uma vida pautada em desventuras, irrealidades, e insatisfação. Neste momento, você aceitou o fim, se resignou ao padrão, buscou baixo e deixou de arriscar.

A linha sutil entre o fundo do poço e uma reviravolta, é a sutileza que existe nas suas relações diárias. Amigos, família, colegas, ou qualquer pessoa que lhe estimule com um sorriso; um aceno positivo.

A cabeça erguida nem sempre é sinônimo de desdém, às vezes, a visão panorâmica proporcionada por essa posição, é a imagem literal e eficaz de uma vida nova.