domingo, 2 de agosto de 2009

Bucolismo prolixo


Os problemas são como os Vietcongs. Não importa quantos irão morrer, eles vão surgindo, emergindo, se destacando e te consumindo. O homem em pleno exercício do labor, não consegue compreender que, ao invés de resolver sua vida interagindo com o empírico, se decepciona ao sentir que a vida pragmática é exatamente o contrário do “dever ser”. O mundo todo faz questão de se embebedar em livros de filosofia. Mas hoje, penso que esse tipo de atitude, nada tem a ver com alcançar a vida política de forma sublime. No final das contas, todo esse conhecimento adquirido, só ira servir para enxertar discursos vazios e sem sentido.

Esse não é um problema unicamente brasileiro. O mundo inteiro parece ter perdido o conceito de política. Chegamos num ponto tão alto da democracia, que o planeta terra está em guerra e ninguém percebe. Afinal de contas, nós podemos escolher um lado para atuar, e deste lado, a militância cega e o furor de uma falsa esperança aos olhos de outrem, faz com que os homens evoluídos e distinguidos dos demais animais pela inteligência, voltem a agir como macacos.

A diversa gama de religiões, o pluripartidarismo, as flâmulas e os brasões de cada célula de atuação, implicam numa geração em declínio. Já não se unem forças para despontar na evolução de Darwin. O homem não irá evoluir mais, e vou além: haverá regressão. O dinheiro, as drogas, o entretenimento barato e caro, o álcool, o petróleo, são elementos (além de outros mais) que, já estão há séculos à fio sendo manchados pelo sangue de uma própria espécie. Por dinheiro e poder alguns déspotas venderiam a própria mãe sem pedir nota fiscal.

O jogo de aparência, o polimento de caráter, o representante legal do povo hoje, tem que dançar conforme a dança. Não existe um controle sobre isso. Nós inventamos órgãos e mais órgãos de fiscalização, que hoje servem, unicamente, para gastar dinheiro público em estrutura e no quadro de funcionários, porque em sua cartilha de missão, deixam a desejar, e as pessoas continuam sendo assediadas e molestadas em vão pelo poderio político que se alastrou no mundo.

Hoje, grande parte da população mundial perece com fome, com doenças tratáveis, e muitas outras situações que são fáceis de serem resolvidas. Mas não existe mais o interesse de uma massa unir-se em número expressivo em prol de melhorias. A própria internet é uma ferramenta de disseminação de informação que é usada para encorpar nossa latrina, ao invés de recrutar novos e atuantes formadores de opinião. É lamentável, mas é real. O abismo é o ponto de chegada na evolução.