Confesso que não sou um dos maiores entendedores de futebol no Brasil. Não só não jogo, como também, nunca usei meu tempo para aprimorar meus conhecimentos sobre. Na verdade, o que sei é simples: são onze jogadores de cada lado, fazendo a alegria de toda uma nação. É isso que eu observava nas copas de 2002 (13 anos), 1998 (09 anos), e 1994 (05 anos, ano em que comecei a me entender por gente).
O Brasil pára. As pessoas desatinam a correr buscando a televisão mais próxima. Para os boêmios, o barzinho é a melhor escolha. Já para os pais de família, estar ao lado dos filhos e da esposa; ou seja lá quem for, é também muito satisfatório. Agora, sinceramente, quando observei o último amistoso da seleção brasileira contra a Irlanda, não sei se fui só eu no Brasil todo que sentiu, mas não consegui ficar entusiasmado com partida. Às vésperas da Copa, todo jogo anunciado se desenha como mais um longo e tedioso ensaio ao que veremos.
O feijão-com-arroz proporcionado por Dunga, é o suficiente para manter um bom ritmo de jogo. Não há grandes craques. Não há o jeito incisivo de Ronaldo, as firulas de Ronaldinho Gaúcho, a bomba de Roberto Carlos, a objetividade de Rivaldo, enfim. Nenhum dos jogadores convocados por Dunga é capaz de despertar nem sequer curiosidade, muito menos aquela velha ânsia de acordar de madrugada no dia do próximo jogo.
Repito: se tratando de futebol, sou basicamente um asno. Mas assim como todo mundo, eu sei o que é um espetáculo, e com certeza, o que eu e toda a população brasileira temos visto, é um time meia-boca e disposto a jogar para ganhar todos os jogos de 1x0, se assim tiver que ser.
A voz do povo também não tem vez na seleção de Dunga. Ronaldinho Gaúcho está fora, Ronaldo Fenômeno também. Por mais que não sejam os mesmos de oito anos atrás, ainda proporcionam um espetáculo à parte quando entram em campo. Nossa confiança e entusiasmo eles têm de sobra. Agora, na minha concepção, Dunga será eternamente um personagem tímido de histórias infantis.
quinta-feira, 4 de março de 2010
Leigo ou não, não tem perdão
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