É um clichê de e-mail (spam) encaminhado eu sei, mas a frase “o mundo dá voltas” descreve de forma bem abrangente e com olhar periférico o que estou sentindo. É claro que não acredito em hereditariedade de aptidões e conhecimentos, mas não posso deixar de ao menos cogitá-lo depois desses últimos dez dias. Quero deixar claro que não faço do meu blog um diário de derrotas e conquistas refletindo assim, o que sinto aqui. Muito pelo contrário, costumo camuflar minhas opiniões sempre falando em 3ª pessoa e mudando o contexto. É algo inerente à minha pessoa, o que não significa que eu tenha medo de expor o que penso (muito pelo contrário).
Bom.., sobre o clichê “o mundo dá voltas”, tenho que dizer que estou surpreso com o rumo que minha vida tem tomado. Há 10 dias atrás eu era o cara mais vagabundo de Rondônia. Ia dormir às 06h00min e acordava às 14h00min. Fazendo o que? Absolutamente nada. O que me frustrava era saber, que mesmo não tendo uma mente privilegiada e Q.I. altíssimo, tenho um talento natural para armazenar informações, absorvê-las e descrevê-las, é óbvio, precisa ainda, ser muito bem modelado mas já existe. O que eu estava buscando era um norte, um rumo para direcionar esse tipo de “talento”; e a vida, ou seja lá o que for, me levou direto à porta do Jornal Eletrônico O OBSERVADOR.
Destaco em negrito o nome do jornal, não por estar trabalhando lá, ou para fazer propaganda barata, faço isso porque foi a primeira porta que bati solicitando uma chance, e pra minha surpresa, fui atendido (não só no sentido de receptividade). De repente, vejo minha vida mudar completamente de contexto. A minha perspectiva sobre as coisas eram apenas de fracasso, de um ponto final pra qualquer passo que eu tentasse dar pra frente. Na metade de 2009 e também na metade do meu curso de Direito, já com 20 anos idade – idade suficiente para que hoje, uma pessoa já tenha uma vida encaminhada –, não saberia mais à quem recorrer e o que fazer pra começar a andar. Estava ficando tarde demais.
Sempre achei que tenho mais sorte do que juízo, mas isso não importa. As coisas acontecem como devem acontecer mediante nossas escolhas. Para mim, não existe acaso ou destino. Em toda ação há uma reação, correto? No meu caso, essa reação se chama Sérgio Pires – meu pai. Tudo que ele falava, tudo que tentava me passar e ensinar foi descartado de imediato, pois na época, não fazia sentido. De uma hora pra outra, as frases dele, mesmo que ainda embaraçadas, tomaram conta da minha cabeça e montaram um mapa com um único destino: vitória.
Por mais estúpido e contraditório que seja eu dizer isso, creio que herdei dos meus pais a perspicácia textual. Saber manusear um texto, manipulá-lo, e torná-lo real. Mesmo que ainda precise de alguns reparos e orientações. Fico feliz em poder hoje, participar como iniciante, de um quadro de profissionais repleto de veteranos. É..., essa vida nova me pegou mesmo de supetão.
Vinicius Canova Pires
sábado, 18 de julho de 2009
Uma empreitada que me pegou de supetão
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